Indígenas de RR discutem sobre garimpo ilegal, demarcação de terras e direitos a migrantes no ATL

  • 26/04/2024
(Foto: Reprodução)
Comitiva de indígenas brasileiros e venezuelanos participaram dos quatro dias de mobilização do Acampamento Terra Livre (ATL), em Brasília. Lideranças indígenas de Roraima no ATL em 2024, realizado em Brasília CIR/Divulgação Lideranças indígenas de Roraima que foram ao Acampamento Terra Livre (ATL), considerada a maior mobilização indígena do país, levaram as discussões em Brasília assuntos como garimpo ilegal nos territórios, demarcação de terras e direitos de migrantes indígenas venezuelanos que vivem no Brasil. A mobilização se encerra nesta sexta-feira (26) após quatro dias na capital federal. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 Roraima no WhatsApp Este ano, o ATL completou 20 anos e reuniu povos indígenas de todo o país. A defesa do direito à terra, exigência por novas demarcações e o fim da tese anti-indígena do Marco Temporal fizeram parte das principais discussões. Ao menos duas comitivas de Roraima foram ao ato: Uma liderada pelo Conselho Indígena de Roraima, com cerca de 60 pessoas, entre coordenadores e tuxauas das regiões da Raposa Serra do Sol, Tabaio, Surumu, Alto Cauamé, Murupú, Amajari, Serra da Lua, Wai-Wai, Yanomami e Baixo Cotingo; E outra, organizada pela Cáritas Brasileira, com três lideranças representantes das comunidades Tarau Paru, Sakaomota e Warao Ajanoko, onde vivem indígenas venezuelanos. Roraima é o estado com a maior proporção de indígenas do país e a quinta maior em números absolutos. São 97.320 pessoas autodeclaradas indígenas, o que corresponde a 15,2% do total de 636.707 moradores do estado, conforme os dados mais recentes do Censo Demográfico 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2023. “A gente é contra qualquer garimpo, seja na terra indígena, no entorno da terra indígena, segundo que isso é crime. Então, não podemos compactuar com o garimpo que está matando nosso povo, contaminando nossos rios, nosso peixe, nossa águia, destruindo floresta, acabando com os povos Yanomami. Por isso que a gente leva [para as mobilizações] e vamos ficar denunciando e lutando para fechar todo e qualquer garimpo”, disse o coordenador do CIR, Edinho Batista. Jovens indígenas de Roraima participam do ATL 2024 em Brasília CIR/Divulgação Durante os quatro dias de mobilização, a delegação organizada pelo CIR participou de rodas de conversa voltadas para proteção e demarcação das terras indígenas, saúde mental, e esteve em uma de sessão no Congresso Nacional. "Estamos aqui para deixar nossa marca de luta, de resistência, da nossa força, do movimento de Roraima, da juventude da Amazônia. Estamos aqui com a missão de continuar a luta da nossa esperança e continuar essa trajetória", disse o líder indígena da região das Serras, Paulo Ricardo. A história da mobilização do ATL se confunde com o a do movimento indígena do estado. Isso porque, segundo o CIR, foi após uma assembleia de tuxauas em 2004, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, que surgiu o nome "Terra Livre". Indígenas migrantes no ATL Diolimar Tempo, vice-presidenta da comunidade indígena Warao Ajanoko (Roraima) entrega carta aberta das comunidades indígenas transfronteiriças de Roraima à ministra Sônia Guajajara Paula Lanza/Cáritas Brasileira Durante esses dias, migrantes indígenas que vivem em comunidades na região de fronteira do Brasil com a Venezuela também também participaram das atividades do ATL. Em uma delas, se reuniram com a ministra dos Povos Indígena, Sônia Guajajara e entregaram uma carta destacando a necessidade de reforçar a atenção do governo federal junto aos povos originários da Venezuela que estão no Brasil. “Entreguei a carta da minha comunidade Warao Ajanoko nas mãos da Ministra Sônia Guajajara com a expectativa de que nos dê uma resposta positiva sobre as demandas que apresentamos na carta. Dentre elas, que a nossa comunidade seja reconhecida como comunidade brasileira, para que tenhamos todos os benefícios enquanto indígenas que somos e ter o reconhecimento da Funai [Fundação Nacional dos Povos Indígenas]”, comentou Diolimar Tempo, vice-presidenta da comunidade. O documento entregue à ministra foi assinado pelas lideranças de Tarau Paru e Sakaomota, localizadas na Terra Indígena São Marcos, em Pacaraima; e da comunidade Warao Ajonoko, no município de Cantá. Essas comunidades somam uma população de ao menos 1,5 mil pessoas, entre brasileiras e venezuelanas. Além da ministra Sônia Guajajara, receberam as cartas a deputada federal Célia Xakriabá e o deputado federal Zé Haroldo Cathedral. O Acampamento Terra Livre é organizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e suas sete organizações regionais de base, sendo elas: Apoinme, ArpinSudeste, ArpinSul, Aty Guasu, Conselho Terena, Coaib e Comissão Guarani Yvyrupa. No ano passado, cerca de 6 mil pessoas, de 140 povos, estiveram em Brasília.

FONTE: https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2024/04/26/indigenas-de-rr-discutem-sobre-garimpo-ilegal-demarcacao-de-terras-e-direitos-a-migrantes-no-atl.ghtml


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