Justiça aceita pedido de prisão preventiva de empresário, capitão da PM e mais um pela morte de casal em disputa por terras

  • 11/07/2024
(Foto: Reprodução)
Polícia Civil identificou seis suspeitos de participação no assassinato de Flávia Guilarducci e Jânio Bonfim de Souza, em abril. Capitão da PM, Helton John Silva de Souza é o único preso. Flávia Guilarducci e Jânio Bonfim foram baleados após ter a casa onde viviam invadida por quatro homens, em Roraima. Arquivo pessoal A Justiça aceitou o pedido do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e acatou a prisão preventiva de três envolvidos no assassinato do casal de agricultores Flávia Guilarducci, de 50 anos, e Jânio Bonfim de Souza, de 57: o capitão da Polícia Militar (PM), Helton John Silva de Souza; Caio Porto e Deivys Jesus Vegas. O crime foi no dia 23 de abril vicinal Surrão, no Cantá, Norte de Roraima. A decisão foi assinada pelo juiz Breno Coutinho, da 2ª Vara do Tribunal do Juri de Boa Vista no dia 5 de julho. Dos três, apenas Helton está preso. Caio Porto -- apontado como autor dos disparos --, e Deivys, funcionário de Caio, estão foragidos. O caso da morte do casal de agricultores está sendo acompanhado pelo Gaeco, que solicitou a conversão para prisão preventiva de quatro dos seis investigados pela morte do casal. Dos solicitados, apenas Johnny de Almeida Rodrigues, que estava em prisão domiciliar, não teve o pedido acatado. Por meio de nota, a defesa de Caio Porto informou que os elementos colhidos até o presente momento na investigação são "indiciários", alegando que irá se manifestar apenas "após a definição pela Justiça de quem efetivamente tem competência para o processo e julgamento de eventual ação penal". A defesa do capitão Helton John foi procurada, mas o g1 não obteve resposta até a última atualização. A reportagem tenta contato com a defesa de Deivys. De acordo com o órgão, apesar dos avanços da polícia na identificação dos autores do crime e dos suspeitos de participarem no planejamento e na execução do casal, ainda há detalhes da investigação que necessitam de mais tempo para serem concluídos. O motivo do pedido, de acordo com o órgão, foi a proximidade da validade da prisão temporária de parte dos suspeitos e exigiu o pedido da prisão preventiva. Sobre Johnny, o juiz entendeu que são necessárias mais evidências sobre a participação dele no caso. Além de negar a prisão preventiva, a justiça também determinou a revogação da prisão domiciliar. "No caso dos autos, tanto a autoria quanto a materialidade encontram prova indiciária bastante para o decreto cautelar solicitado, uma vez que um dos investigados relatou as circunstâncias em que supostamente se deram os crimes", destacou o juiz na decisão. Segundo a Polícia Civil, o casal estava em uma disputa de terras na região do Surrão, no município do Cantá. O interessado na área seria Caio Porto. No dia anterior ao crime, Caio teria ido até o local e discutido com Jânio e Flávia. Os quatro citados foram indiciados pela Polícia Civil ainda no dia 5 por homicídio qualificado após a conclusão do inquérito. Flávia e Jânio foram atacados a tiros no dia 23 de abril na vicinal do Surrão, município do Cantá, na fazenda onde moravam. Um pedaço da terra das vítimas era questionado pelo empresário Caio Porto. Ele morreu um dia depois. Ela após três dias internada no Hospital Geral de Roraima (HGR), em Boa Vista. Veja a participação de casa um, conforme o relatório final do inquérito: As investigações apontam que o empresário Caio Porto foi o autor dos disparos que mataram o casal Flávia e Jânio. Também apontam que Deivys Vegas, conhecido como "Victor", que é venezuelano, trabalhava na fazenda de Caio e estava com o patrão no dia do crime. Johnny de Almeida, de acordo com as investigações, ajudou Caio a fugir após o ataque ao casal. O capitão da PM Helton John, que é amigo de Caio, o acompanhou no dia em que o casal foi ameaçado pelo empresário e também no dia do assassinato, ainda conforme a Polícia Civil. Além disso, ele escondeu a arma usada no crime. O capitão, durante o depoimento dado no dia 28 de junho, confessou ter escondido na própria casa a arma usada no assassinato do casal de agricultores. Após isso, investigadores foram até a casa dele e encontraram a arma escondida no forro do banheiro. Ele afirmou ainda que, no dia, após o crime, ligou para o comandante-geral da corporação, coronel Miramilton Goiano, e foi orientado a se desfazer do próprio celular. O capitão chegou a trocar de celular, e a polícia classificou essa ação como uma tentativa de se livrar de provas. Helton também contou que logo após o crime, chegou em casa, contou para a esposa que havia acontecido "algo grave que vai se resolver", tomou banho, teve uma crise de choro, fez uma oração e foi para o futevôlei. Casal Flávia Guilarducci e Jânio Bonfim de Souza foram atacados a tiros na fazenda onde viviam na região do Surrão, no Cantá Arquivo pessoal Morte do casal no Surrão Áudio registra conversa e seis tiros em 15 segundos no assassinato de casal em disputa por O crime contra o casal aconteceu em uma terça-feira, no dia 23 de abril, na vicinal do Surrão, na propriedade do casal. Jânio Bonfim morreu no dia do ataque. Já a esposa, Flávia, ficou internada em estado grave, mas não resistiu e morreu no Hospital Geral de Roraima. Antes de ser baleada, Flávia gravou as vozes dos suspeitos quando eles chegaram na propriedade e capturou toda a discussão e o ataque a ela e o marido. Foi por meio dessa gravação que a Polícia Civil conseguiu identificar os autores do crime, incluindo o empresário Caio e o capitão Helton. Leia outras notícias do estado no g1 Roraima.

FONTE: https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2024/07/11/justica-aceita-pedido-de-prisao-preventiva-de-empresario-capitao-da-pm-e-mais-um-pela-morte-de-casal-em-disputa-por-terras-em-rr.ghtml


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